Você já se pegou repetindo pequenas histórias sobre você mesmo, quase sem perceber?
Às vezes, elas saem em tom de brincadeira, como se você estivesse zoando de si mesmo. Outras, é mais sutil — você faz antes que alguém tenha a chance de tocar naquela ferida que dói tanto.
Pode parecer leve ou até inofensivo, mas a verdade é que essas narrativas têm um impacto gigante na forma como enxergamos o mundo – e, principalmente, a nós mesmos.
Talvez você nem perceba, mas são elas que vão moldando como você se enxerga.
“Eu sou tão desorganizada.”
“Eu não sirvo pra isso mesmo.”
“Eu nunca vou conseguir”
“Isso não é pra mim”
“Não sou bom o suficiente”.
Coisas que a gente joga no ar como quem não quer nada, mas que vão se acumulando dentro de nós. E, quanto mais repetimos essas frases, mais elas se tornam verdades.
A verdade é que, muitas vezes, somos nossos piores críticos. E as histórias que contamos pra nós mesmos podem ser o maior obstáculo entre onde estamos e onde queremos chegar.
Mas, e se a gente mudasse essas histórias?
Se, em vez de dizer "Eu não sou bom nisso", você dissesse: "Ainda não sou bom, mas posso aprender". Ou, no lugar de "Eu nunca vou conseguir", pensasse: "Eu ainda não consegui, mas estou no caminho pra isso".
Pode parecer detalhe, mas mudar a forma como falamos com/sobre nós mesmos muda TUDO.
Essas pequenas alterações nas nossas narrativas internas podem abrir portas para possibilidades que antes pareciam impossíveis — e eu escrevendo isso acreditando muito e querendo demais conseguir aplicar, inclusive, na minha própria vida.
É impressionante como essas narrativas aparecem sem a gente nem perceber.
E, quando percebo, preciso fazer o esforço de reformular, pra lembrar que ninguém nasce pronto e que eu já dei conta de tanta coisa antes.
Mudar a forma como falamos com a gente mesmo é todo um processo. Às vezes, a gente acerta. Outras, cai nas velhas histórias de novo.
Mas, pouco a pouco, a prática vai mudando algo lá dentro.
E, olha, eu sei que não é fácil. É um exercício que exige paciência, repetição e um pouco de teimosia.
O ponto é: as histórias que contamos têm um poder enorme, e o ouvido mais próximo da sua boca é o seu. Você é a única pessoa que escuta absolutamente tudo o que diz — e pensa.
Será que não é a hora de ser mais gentil?
Se você sente que essas histórias estão te limitando, tente se perguntar: “Será que essa narrativa é mesmo verdade? Como eu posso recontar isso de uma forma mais honesta?”
Muito além da xepa
→ esse espaço é pra compartilhar coisas incríveis que me inspiraram e que, com certeza, vão te inspirar também.
Essa semana, estamos em clima de comemoração: o filme “Ainda Estou Aqui” foi indicado a três Oscars! Se você ainda não assistiu, fica aqui a minha dica - e meu pedido pra gente torcer juntos.
Bora acompanhar esse marco histórico e celebrar o cinema brasileiro que finalmente está sendo reconhecido lá fora.
Um beijo, até a próxima feira!
Carol da Maria Marcolina